Óleo Essencial Funcho-Doce (Sementes) GT Espanha
Nome botânico: Foeniculum vulgare
Origem: Espanha
Parte utilizada: Sementes
Método de extração: Destilação a vapor
Cultivo: Convencional
Volume: 10ml
DESCRIÇÃO:
Funcho-doce (Foeniculum vulgare), é uma erva perene, resistente, da família Apiaceae ou Umbelifferae. As flores são pequenas amarelas, e estão disposta em forma de umbelas ou chapéu-de-sol de 5 a 15 cm de diâmetro. Cresce até 2 metros de altura, com folhas longas (até 40 cm) e delgadas. Originária da Europa e países mediterrâneos. Costuma ser confundida com a espécie Pimpinella anisum, chamada de erva-doce, planta de aparência e aroma semelhantes.
O nome do gênero Foeniculum é derivado do latim foenum que significa feno. O antigo nome grego era maraino, que se traduz como Maratona, o local da mítica batalha de Maratona travada em 490 a.C. entre gregos e persas.
Aos gregos, funcho conferiu longevidade, força e coragem. Os romanos cultivavam funcho e utilizavam seus brotos frequentemente acompanhados em peixes, e as sementes aromáticas eram utilizadas como tempero e como medicamento.
Na cozinha mediterrânea, talos e folhas são utilizados em saladas e sopas, ou aromatizando molhos e conservas de vegetais. As sementes secas são utilizadas em chás e como aromatizante em licores e bebidas alcoólicas destiladas. Moídas, são usadas para produção de condimentos e especiarias tanto na China, quanto na Índia.
O óleo essencial de funcho-doce é destilado a vapor a partir das sementes secas, sendo o anetol o componente que lhe dá o cheiro e sabor característicos.
PROPRIEDADES:
O óleo essencial de funcho-doce (Foeniculum vulgare) tem como componente principal o anetol, que em vários estudos comprovam que lhe confere o aroma e as propriedades terapêuticas como atividades antiespasmódicas, carminativas, anti-inflamatórias, estrogênicas, galactagogas e antimicrobais. (pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/25162032/)
Rezayat e outros (2018) em estudos laboratoriais com murinos, investigaram os efeitos protetores das doses orais do óleo essencial de funcho-doce sobre colite (inflamação intestinal), reduzindo as lesões. Puderam concluir que doses orais do óleo têm atividades gastroprotetoras e anti-inflamatórias. (pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/29067571/)
Dentre todas as atuações, o trans-anetol possui ação similar ao hormônio estrogênio. Esta característica lhe confere usos na terapêutica natural complementar de substituintes hormonais e em casos de desequilíbrios hormonais femininos. Podendo então ser utilizado na terapêutica natural complementar de substituintes hormonais e, em casos de desequilíbrios hormonais femininos, assim como os óleos essenciais de erva-doce (Pimpinella anisum) e anis-estrelado (Illicium verum).
Tognolini M e outros, em estudos murinos demonstraram efeito do anetol contido em óleos essenciais na atividade antiplaquetária de amplo espectro, o efeito desestabilizador de coágulo e a ação vasorelaxante.
(pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/17709257/)
Há, no entanto, algumas preocupações de segurança. Por ser um inibidor da agregação plaquetária, as doses orais altas são contraindicadas antes de cirurgia ou para indivíduos que façam uso de medicação para afinar o sangue ou com distúrbios de coagulação. O óleo essencial apresenta o risco de interação medicamentosa (antidiabético, diurético e anticoagulante), modulação hormonal reprodutiva (oestrogenidade). Todas as rotas de administração são contraindicadas na gravidez. Não é recomendado em caso de cânceres dependentes de estrogênio e crianças menores de cinco anos.
EMOCIONAL:
O óleo essencial de funcho-doce (Foeniculum vulgare) é muito bem aplicado para problemas de crescimento e cura. Ajuda a identificar as causas-raiz da autorrejeição. Encoraja-nos a habilidade de acolhermos o Eu. Sentir a falta do amor na vida faz com que as substituições para ele sejam usadas. Reconhecer a causa-raiz dos problemas de peso contribui para que se cure uma autoimagem debilitada, e aumenta a autoestima. Além disso, cura problemas relacionados à vitimização, ao pavor de novas ideias e à recuperação do poder. (Deborah Eidson – Livro Cura Vibracional Ed. Laszlo)
PERFUMARIA:
Em perfumaria o óleo essencial de funcho-doce (Foeniculum vulgare) é utilizado para perfumar pastas dentífricas, shampoos e sabonetes. O aroma é fresco, doce, levemente picante, anísico e terroso.
Nota de perfumaria: saída/meio
Persistência da nota inicial: de média a forte
SEGURANÇA:
Os óleos essenciais são matérias-primas que possuem múltiplas aplicabilidades e formas de uso, ambas variam de acordo com a finalidade e o benefício almejados. Em caso de dúvidas, procure a orientação de um aromaterapeuta qualificado para recomendação de uso e de posologia adequados e seguros para a sua individualidade.
Guarde seus óleos essenciais em lugar longe do alcance de crianças e animais domésticos.
Não aplique óleos essenciais próximo a região dos olhos.
Não aplique óleos essenciais puros sobre a pele, salvo orientação expressa de um aromaterapeuta qualificado.
Não aplique aromaterapia em bebês menores de três meses, salvo orientação expressa de um aromaterapeuta qualificado.
Não utilize óleo mineral e seus derivados como veículos de diluição, pois eles prejudicam a absorção dos óleos essenciais.
Alguns óleos essenciais apresentam contraindicações e/ou restrições de uso para gestantes, lactantes, bebês, crianças, idosos, e pessoas submetidas a tratamentos medicamentosos (físico, neurológico e/ou psiquiátrico). Para esses públicos e casos é recomendado pesquisar em literatura especializada ou consultar um aromaterapeuta qualificado para receber orientação individualizada. Para sua segurança, antes de usar um novo óleo essencial sempre faça o teste de sensibilidade cutânea, mesmo que a forma de uso seja apenas por inalação.
Aplique uma gota do óleo essencial misturado com uma gota de óleo carreador na face interna do antebraço e aguarde 24 horas. Se apresentar algum mal estar, irritação no local da aplicação ou em outro local do corpo, não utilize o produto e procure orientação de um aromaterapeuta qualificado.
A Laszlo não se responsabiliza pelo uso indevido dos produtos.
CURIOSIDADES:
Na mitologia grega diz que Prometeu usou um talo de funcho para roubar fogo dos deuses. E ao funcho conferia longevidade, força e coragem.
Para os romanos o funcho adquiriu a reputação de ajudar a visão, porque Plínio observou que “as serpentes comem quando lançam suas peles velhas, e aguçam sua visão com o suco, esfregando-se contra a planta” (Grieve 1992, p.294). Essa associação persistiu além dos tempos medievais. Acreditava-se que o funcho, como muitos outros aromáticos, evitava o mau-olhado e a bruxaria, e era tradicionalmente pendurado sobre portas na véspera do verão.
Grieve, M. (1992) A Modern Herbal. London: Tiger Books International. (Original work published in 1931.)